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Depois de uma dobradinha entre Gilberto Gil e Juca Ferreira no últimos oito anos, o Ministério da Cultura está agora em mão femininas: Ana de Hollanda, oriunda de família de intelectuais e de artistas, assume um ministério organizado, competente e responsável por implantar uma nova visão de gestão cultural em nosso país.
Em seu discurso de posse, a ministra acentuou a necessidade de dar continuidade a uma construção gradual erigida em bases sólidas, transparentes e democráticas. Afirmou que "continuar é avançar no processo construtivo. E quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Este será um dos nortesatuação no MinC: continuar e avançar."
Nesta última década, a Cultura passou a ser considerada pela administração pública uma das áreas estratégicas de desenvolvimento, à medida em fortalece as tradições, a capacidade criativa, o equilíbrio das relações sociais e os impulsos inovadores de uma comunidade, de um Estado, de um país. O conceito de desenvolvimento calcado única e exclusivamente em índices e dados econômicos mostrou-se unilateral e insuficiente para fazer frente à complexidade da vida moderna.
As necessidades humanas de agregação e manifestação individual e coletiva de sonhos e de reflexões sobre a vida em todas as suas dimensões, através de linguagens artísticas, impõe-se hoje de forma tão imperiosa quanto a agenda ambiental fundamentada no equilibro sustentável e em uma visão responsável do futuro. Além disso, o potencial de geração de trabalho e renda da atividade artística tem sido tema de políticas específicas em todo o mundo.
A aprovação da Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade Cultural pela Unesco, da qual o Brasil é um país signatário e um de seus principais defensores, evidencia que todos somos responsáveis por manter e fomentar todas as formas de expressão cultural existentes, em nome de uma sociedade mais justa e de um mundo mais igualitário. Uma separação ainda predominante entre Educação e Cultura, por outro lado, contribui para a existência de multidões de desinteressados nas produções do espírito, de analfabetos visuais e do desperdício de inúmeras formas de inserção social através do exercício da criatividade. Isso resulta muitas vezes na falta de acesso a direitos culturais e a experiências estéticas relevantes para uma vida mais plena.
Prosseguir uma gestão cultural exitosa demonstra o estágio de maturidade política e de responsabilidade social que atingimos neste início do terceiro milênio. Sinal de que a política e a administração pública estão sendo assumidas cada vez mais por pessoas comprometidas com a melhoria de qualidade de vida da maioria da população, com a ética e a construção coletiva de um mundo melhor.
Dando ênfase ao aprofundamento e ampliação de programas e ações postos em prática pela gestão anterior, a ministra Ana de Hollanda destacou a importância do acesso democrático à cultura, de promover a diversidade cultural e de diminuir "a fome de cultura ainda reinante em nosso país." Que seja bem sucedida!
ERLON FOI O DIRETOR DA FAFI, ONDE ESTUDEI TEATRO POR DOIS ANOS, NO ESPÍRITO SANTO, QUANDO EU ERA ADOLESCENTE.
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