Foi um desbafo... uma resposta a uma ou duas pessoas que não tiveram coragem de falar a verdade, que se cansaram, e ponto.
Eu iria entender, como afinal entendo.
O que me incomodou (e também é meu direito de me sentir assim) foi a justificativa equivocada.
Eu como profissional da Dança, que dependo dela pra viver, precisei dizer e fazer algo, para que uma ideia errônea não seja difundida.
A ideia de que a dança pode atrapalhar os estudos é uma ideia negativa e muito generalizada. Sendo assim, eu precisei defender algo que eu conheço tão bem e posso afirmar.
O fato de elas pararem de dançar só me incomodou por conta desse argumento.
Se a pessoa não tem mais vontade, é uma pena, mas é direito dela de parar. Eu sei, mas é meu direito, também, defender minha arte da acusação de que vai atrapalhar a vida delas. É meu direito de lutar pelas minhas convicções e de lutar por minhas alunas nas quais acreditei e investi tanto tempo.
Fica a saudade, o desgosto, a decepção, mas isso também é humano.
Infelizmente nem toda sociedade mundial é esclarecida a respeito de arte. Em momento algum eu quis ofender o povo ouropretano, afinal, eu me casei com um e meus filhos serão ouropretanos.
Mas é meu papel e dever enquanto alguém que escolheu Ouro Preto para trabalhar, viver e ter meus filhos, de difundir toda e qualquer informação a respeito da arte que me cabe, é meu papel como integrante da classe artística. E esse pensamento não é só meu, mas algo coletivo.
Existem correntes artísticas e políticas em todo mundo que trabalham justamente esta parte social da arte: "Formar público consumidor e crítico de arte."
Enfim, espero ser compreendida.
Agradeço!
Beijocas!!!
Irielle Louise
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