Quando o ano recomeça, mais um conflito por aqui: cada aluna que não retorna deixa um vazio em mim, machuca, como se fosse uma rejeição! Nada a ver, eu sei, mas e assim que eu me sinto. E uma pena, porque eu planejo crescer junto delas e, de repente, elas crescem e se afastam de mim, procuram outros ares. Algumas ficam próximas de alguma forma, pois conhecem bem os sentimentos de amor e gratidão, outras, nem sequer dizem adeus...

E da natureza humana, reconheço, mas o amor que cultivo por cada uma de minhas alunas e que me traz a frustração quando elas param de dançar. Acabo de descobrir que a minha paixão pela dança e só minha, a paixão pela educação pela dança e a arte que ela representa, da forma como eu a vivencio e exclusivamente minha. Mesmo que eu tente transmitir para minhas alunas essa paixão... nada e para sempre...essa paixão e só minha e ponto.

As paixões alheias também não me pertencem e, a vida segue seu rumo, com seu ritmo a passos lentos ou acelerados. E meu coração permanece como um palco, que quando acaba o espetaculo fica vazio, mas permanece inteiro para outros artistas se apresentarem, Meu coração quer apenas ter sempre uma luz, um foco, cortinas abertas, catarses, emocoes, pulsante e dançante!

Hoje estou triste por uma ou outra que desistiu no meio do caminho, mas se alegrara com o sucesso e a alegria que me traz quem permanece e de quem chega agora.
Sejam bem vindas bailarinas!!!!