Um novo nome!

Hoje a bailarina cresce um pouco mais!!!

Não estou falando de subir nas sapatilhas de ponta e ficar mais alta, subir aos céus ao som das mais contagiantes e belas músicas, realizar sonhos e receber aplausos... não! Estou falando de alcançar mais um estágio de sua vida, que não deixa de ser movimento e dança para a bailarina!

Agora ela carregará mais um nome ao seu. Ela dará início a uma nova família, a sua família! Construirá o seio onde nascerão seus pequenos novos bailarinos para iluminar este mundo!

Hoje, eu começo a minha família! Dançarei com novas motivações!

Crescer dói em qualquer idade! Eu sei, mas assim como eu suporto as dores nos pés, das bolhas, feridas, músculos fadigados, e toda angústia que o não reconhecimento do meu trabalho, por parte de alguns, me causou até hoje, suportarei as dores de crescer e me tornar esposa e futuramente mãe - com fé em Deus!

O mais importante é que meu companheiro sabe ser companheiro até nos palcos!

Um dia estávamos na plateia de um solo de dança e ele me perguntou: "Pra que presta isso (dança)?"

E mesmo da plateia, a bailarina que estava no palco - e não era eu - o convidou a dançar - literalmente. Parecia o universo conspirando e movimentando seus braços e pernas para envolver aquele jovem que desacreditava do movimento da vida. A bailarina parecia ter escutado o que ele susurrou no meu ouvido. É que a dança nos liga, todos nós, os bailarinos, somos um só!

Ela disse que ele prestasse atenção aos movimentos dela para aprender a coreografia. E dizia: " você me convida a dançar, me pega pelas mãos, e eu aceito..."

Quanto ao Thiago, seus batimentos cardíacos aceleraram, suas mãos suaram e gelaram. A cadeira não o segurava mais, pois ele parecia voar, mesmo estando sentado.
Sua face mudou de cor e tornou-se um arco-iris em segundos. Sentado ele dançou!

E no fim, depois que ela repetiu a sequência cinco ou seis vezes, num tempo - eterno para ele - de uns oito minutos, ela perguntou: "Foi bom pra você?"

Ele suspirou realizado e aliviado. Eu olhei para ele e respondi: "Pra isso presta a dança!"

Desde então, ele me compra livros, me acompanha aos espetáculos, da plateia, da cochia, do camarim, do som, da luz, dos cenários, dos linóleos. Até costurar tu-tu prato (bandeja) ele já costurou! Ele é meu melhor produtor, técnico de som, camareiro, crítico, incentivador, costureiro, personal trainer - é a profissão dele realmente, há cinco anos e meio! E agora esposo!

Ele me conheceu nos ensaios da Escola de samba, onde eu seria rainha da bateria pela primeira vez. A dança nos envolveu desde o início!
Minha vida é a dança, e vou me casar porque encontrei um homem que reconhece e valoriza isso!

Homenagem as unhas verdes das bailarinas ! rsrsrs

REVISTA MARIE CLAIRE, EDITORA GLOBO, EDIÇÃO DE ABRIL DE 2010

AMAMOS!

MOVIMENTOS TÊM CONHECIMENTO

"Será que o corpo possui inteligência própria quando dança ou é completamente subordinado a um comando do nosso cérebro?

Acredito que possui, sim, um conhecimento próprio. Carrega consigo uma memória mais antiga do que nós mesmos, registros que não estão nas nossas lembranças e vão além da história pessoal. É isso que faz com que saibamos agir mesmo quando não nos foi ensinado - assim acontece, por exemplo, em situações de defesa, agressão, reprodução, ou mesmo em processos criativos, como a dança.

Por que gostamos de dançar? O corpo é a casa onde moramos. E, quanto mais à vontade estamos nele, maior é o nosso bem-estar. Dançar é, metaforicamente, um estado similar ao que tínhamos quando éramos bebê e vivíamos quase exclusivamente como corpo. Assim, de certo modo, ao dançar recriamos aquela atmosfera, quando a relação com nossa mãe proporcionava um estado de plenitude. Essa sensação também acontece porque a dança possibilita a conversa entre o lado externo do corpo (tamanho, peso, postura, pele, etc.) e a nossa realidade interna, representada por nossas sensações, sentimentos, percepções e memórias. É por isso que ao observarmos pessoas absorvidas pela ação de dançar, tudo parece estar conectado para elas."

Elizabeth Zimmerman, professora de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Dança, na Unicamp.

Texto tirado da revista Marie Claire, editora Globo, edição de julho de 2010.

"Me dê um ponto de apoio, eu moverei o mundo!"

O ritmo está dentro do homem - de Rodrigo Pederneiras

"Como manifestação cultural, os motivos que nos levam a dançar sempre foram diversos: as sociedades dançam para comemorar ou para pedir uma boa colheita, para celebrar um nascimento ou homenagear um morto. Como arte, porém, acho que a dança pode mudar as pessoas. Quando percebemos o que podemos fazer com o corpo, olhamos para nossos limites com um horizonte maior. Também por ser poderosa como toda arte, a dança nos dá completude. Acredito que até mais do que outras formas de expressão. A dança é intrínseca ao ritmo, começa com a pulsação. E o pulso é intrínseco ao ser humano, vem de dentro do nosso coração."

Rodrigo Pederneiras é coreógrafo do Grupo Corpo

Texto tirado da Revista Marie Claire, Editora Globo, edição de julho de 2010

Foto da Revista Bravo online, Editora Abril

Pra ficar mais inteligente. - Texto de Ivaldo Bertazzo

"O movimento é essencial para o corpo se manter organizado. Do contrário, ele desaba. E o movimento nada mais é do que a luta contra a gravidade. funciona assim para qualquer bicho. Mas para os humanos é mais difícil, pois nossa locomoção bípede nos torna mais instáveis do que qualquer outro animal. O movimento também é importante porque serve como estímulo para nosso sistema nervoso manter-se sempre à procura de seu centro de gravidade.



Então, imagine o que a dança faz por nós. Um bebê, que sequer começou a andar, já se balança quando ouve uma vibração. Nele há um desejo intríseco de brincar com seu centro de gravidade e de desafiar o cérebro a encontrá-lo. Responder a um ritmo, portanto, é uma necessidade anterior a tudo. Para conseguir dançar, precisa ainda mais do que isso: é necessário administrar os movimentos do corpo. Só desse jeito se consegue enfrentar a cadência e locomoção ao mesmo tempo. Quando isso acontece, é como se o corpo fosse mais rápido que o pensamento.



Por que sentimos prazer quando dançamos numa festa ou numa danceteria? Quando fazemos isso, estamos abrindo um leque de movimentos que fazemos no dia-a-dia. Ele é tão pequeno e cheio de objetividade que precisamos ampliá-lo. Nesses momentos, ainda estimulamos o sistema nervoso. Dançar também é isso: um exercício para ficar mais inteligente."

Ivaldo Bertazzo, coreógrafo e diretor da Escola do Movimento.

Texto tirado da revista Marie Claire, da editora Globo, edição de julho de 2010, p. 26.

Tirou o pé do chão? Então faz ponta!

Costumo ensinar às minhas alunas que quando a bailarina - em especial a clássica - tira o pé do chão ela deve fazer ponta!

Alongar os pés em ponta, criando uma continuidade longilínea das pernas, com curvas e colo dos pés proeminentes!

Encontrei na Revista Marie Claire, da Editora Globo, edição do mês de julho de 2010, esta imagem de uma coreografia do Ballet Bolshoi que ilustra bem uma bela ponta de bailarina, e gostaria de compartilhar com minhas bailarinas.

Continuação da reportagem da Revista Marie Claire

Cabelooooooo! tá na hora de lavar, chuá, chuá!!!

Bailarina querida,

Quem é minha aluna sabe que eu pego no pé daquelas figuras que insistem em permanecer sem lavar os cabelos por até 15 dias... tudo bem que você ficou ainda mais linda porque fez escova e chapinha pra ir ao aniversário da sua amiga!!!

Mas peraí colega, foi no final de semana passado????!!!!!! Como assim??? Deselegante!!!!!
Socorro, né?!

Ninguém merece dançar com você ou te encontrar na escola e vir de braços abertos lá do portão pra te dar um abraço, e você estar cultivando o suor de caminhadas, aulas de dança e da tal festa do fim de semana passado! Fora que o visual fica esquisito, vamos combinar?!

Além de fazer parte das boas-maneiras de qualquer pessoa, a higiene e os cuidados pessoais fazem parte da manutenção do bem-estar seu e de quem convive com você!

Como eu encontrei em um blog chamado "*Design my Life*", compartilharei este trecho que comprova que não sou chata quando cobro de vocês, minhas bailarinas - e de qualquer um que se aproximar de mim - asseio total:

"O corte e o penteado dos cabelos são itens que interessam a Boas-maneiras em razão do que a boa aparência pode significar para a auto-estima do indivíduo. O estilo do penteado diz o que uma pessoa pensa de si mesma, e influi na consideração e simpatia que receberá em qualquer ambiente em que esteja. Expressará também sua consideração pelos outros apresentando-se com um penteado elegante nas festas e bem penteada no trato social diário. O cuidado com os cabelos requer também a observância de certos aspectos de limpeza e higiene."


E se você é bailarina tem um motivo a mais para sair por aí com o visual mais elaborado, pois ser bailarina pressupõe que se tem uma elegância habitual, ou seja, não vai sair de casa com cabelos tipo "sobrevivi ao tsunami"!

Ah! Não posso deixar de mencionar a obrigação disciplinar que você tem de ir para suas aulas de ballet clássico com o cabelo preso em coque perfeito! Nem adianta questionar! O ballet clássico exige perfeição!

Para não "estragar" os cabelos - apesar de eu ter usado gel durante minha infância e adolescência inteira em todas as aulas e continuo com meu cabelo de metro bem hidratado - você pode trocar o gel por pomadas modeladoras, mousses, cremes para fixar os fios indisciplinados no coque, enfim, aproveite a aula de ballet pra hidratar seus cabelos! rsrsrs

Também pode aderir ao uso dos tic-tacs e outros "modelitchos" coloridos, brilhantes e gracinhas de presilhas pra prender a franja. Além de ficar um coque perfeito, ainda fica lindo!

Então fica a dica! E lembre-se, não basta ser bailarina, tem que ter estilo!!! rsrsrsrsrs

A gente se entende! Que tal experimentar novos penteados, fotografar e postar aqui?

Beijocas,
Irielle Louise

"Sapatilhas vermelhas" - Ballet Irielle Louise - Trecho do início - 2010

Ballet Infantil - Ballet Irielle Louise - Ouro Preto - MG

"Sapatilhas vermelhas" - Ballet Irielle Louise - Ouro Preto - MG

Qual a importância de um espetáculo de dança para os alunos?

“As apresentações de dança, antes de serem apenas mera ilustração, são parte importante da formação em dança, porém como resultado de todo um processo que desemboca num espetáculo. Enquanto em algumas áreas os trabalhos desenvolvidos são mais palpáveis e de fácil percepção, em dança o espetáculo constitui a única forma de os pais terem acesso ao aprendizado dessa linguagem. [...]. O propósito da dança como forma de arte e expressão é justamente propiciar ao corpo “que dança” possibilidades diferenciadas de percepção e cognição, diferentemente do que ocorre com o corpo “na dança” da festa junina ou em outra festa qualquer.” (Morandi, 206, p.90)

A montagem e apresentação de um espetáculo no encerramento do ano letivo é tradição nas escolas de dança. É a obra-prima e o resultado do trabalho anual do artista que é o profissional que ensina dança, coreografa e dirige as escolas e os espetáculos. Portanto é um trabalho, não uma festa, como as promovidas nos dias festivos nas escolas de ensino regular.
Não seria diferente conosco.

É preciso que os pais e as alunas se comprometam com os dias de ensaio e a participação de suas filhas. Se uma bailarina falta um dia de ensaio ou apresentação, ela prejudica todo o espetáculo, a si mesma e as outras colegas bailarinas.

O espetáculo leva o nome do Estúdio de Arte e Dança Irielle Louise e, por isso, zelamos para que seja o melhor possível. Não desejamos apresentar à sociedade um trabalho realizado sem primor estético, por isso investimos no que há de melhor em se tratando de artes e espetáculos. Custear a montagem de um espetáculo significa aluguel do teatro, contratação do trabalho do profissional de iluminação, do segurança, fotógrafo, e outros.

E sendo este o nosso trabalho, nossa “mercadoria”, faço minhas as palavras de uma grande dama do teatro brasileiro do século XX, Cacilda Becker, quando a questionavam sobre os preços dos ingressos para o teatro e pediam a ela cortesias, ela costumava responder: “Não posso te dar a única coisa que tenho para vender!”

Pais de bailarinas, não precisam se envergonhar de vender os ingressos do espetáculo, nem se recusar a comprá-los para si mesmos. Os senhores não serão os primeiros nem os últimos a oferecer ingressos para prestigiarem as suas filhas artistas! Um teatro vazio não fará bem para a auto-estima delas. Além do mais, precisamos pagar o aluguel do teatro, para que nossas bailarinas façam lindamente o espetáculo num espaço adequado! A felicidade e a satisfação delas quanto ao ballet dependem desta participação dos pais.

Algumas famílias julgam ser algo desnecessário investir na participação de suas filhas em espetáculos de dança. O que queremos é tentar fazê-los entender o que pode significar esta experiência para cada uma delas.

Sapatilhas de ponta - Primeira vez!

É a primeira vez que minha aluna Júlia, de treze anos, calça as sapatilhas de ponta!
Ontem, sexta-feira (02 de julho de 2010), durante a aula, ela passou por um "teste" para ver se já estava apta a usar as tão sonhadas e desejadas "sapatilhas de ponta".

A primeira vez a gente nunca esquece! E a bailarina Júlia em seu depoimento para o meu orkut conta o que significou isso pra ela!